sexta-feira, 19 de março de 2010

Um soldado solitárioPlantei bombas e colhi apenas... Escombros!

Tamanha foi a dor sobre meus ombros
Ombros cansados de se encolherem
Diante de meus frios assombros
Quisera poder sair ileso da própria condição:
Um homem em guerra consigo mesmo
Quedado de joelhos. Caído em contradição
Sacrificando o insacrificável. E por quê? Por nada!
Não há mais um teto, nem mesmo céu azul. São cinzas, poeira
Não há mais piso. Não há nem mesmo chão pra me acomodar
Os esqueletos das camas e das cadeiras estão inertes e frios
Mas se desintegram ao primeiro toque das mãos do soldado
Apenas o concreto empoeirado e o aço retorcido dessa alma
E nada, nada mais entre as paredes. Nada mais me acalma
Paredes as quais resistiram sob minha explosão incontida (Mas até quando?)
Não há remorso, e sim o destroço daquilo que fui um dia...

R. S. Tomé



Nem tudo são flores

Nem tudo é alegria,
Nem tudo é inspiração, e nem tudo é tudo;
Nem tudo é felicidade,
Nem tudo são risos,
Nem tudo é colorido,
Nem tudo é sereno, nem pacífico, nem todos somos baianos;

Nem tudo é racional. Nem lógico
Nem tudo soa normal
Nem tudo é alegria, nem somos donos de nada...

Nem tudo é riqueza,
Nem tudo são jóias,
Nem tudo é festa,

Mas tudo o que não gostamos, detestamos; mas desejamos intensamente
É a vida


Renato Santos Pinheiro

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