sexta-feira, 19 de março de 2010

Contrastes

Tenho dores cálidas no ombroFebres frias no suorLágrimas, quentes e docesTocando minha bocaAo brotar de minhas veiasTenho sensações vaziasIncertezas concretasE desejos a realizarTenho medo da coragemTenho a morte enquanto vivoTenho amores odiososPaixões frias, no calor do desejoBeijos secos, e palavras molhadasPalavras cuspidas e escarros engolidosTenho ódio de amarSinto o veneno em suas mãosque me afagam sutilmenteTenho forças para lutarMas me entrego. Vencido

Ricardo Lima



O Moderninho

Ziraldo Natal

O Moderninho é esperto, é “soft”;
Lê tudo, sabe tudo,
Todo mundo é nada perto do tudo dele...
- Ih! Fui moderninho agora!
Ele procura desvendar a alma humana,
Mas não consegue falar bom dia para seu pai (cálice afasta de mim esse pai...)
Não tenho dó dele, porque ele não vive as outras pessoas, não tem poesia da verdade.
A minha poesia é a poesia do contra, do anti-moderno, dos esquecidos do tempo, dos refugiados da Terra. Guerra!!!

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