sexta-feira, 19 de março de 2010

Este é o texto historiográfico de nosso jornal n. 1:


A Historiografia de Itararé:

ITARARÉ FOI FUNDADA DUAS VEZES, do livro "VIVENDO" de Cecília D. Fogaça
Era uma vez uma vasta região de campos e matas conhecida como Campos Gerais, habitada por índios e animais selvagens como antas, capivaras, onças, lobos e outros mais. A presença de índios nessas terras deu origem às lendas que envolvem o rio a que eles deram o nome de Itararé.
Naquele tempo, por volta de 1661, os bandeirantes chefiados por Fernão Dias Pais Leme, que procuravam ouro, prata, pedras preciosas, além de índios para escravizar, também estiveram por aqui, fizeram suas paradas para descanso e, certamente, aprisionaram muitos indígenas. Na época não havia estradas, apenas as trilhas abertas pelos bandeirantes. Mais tarde, cerca de 1690, as trilhas tornaram-se caminho dos tropeiros e condutores de gado, que passavam por estes campos e iam comprar animais no Rio Grande do Sul para vendê-los na feira em Sorocaba.
A viagem no lombo de animais era longa e cansativa, e eles precisavam repousar pelos caminhos, ou melhor, pelas trilhas abertas nas matas. Assim, de distância em distância, os tropeiros paravam para descansar em pequenas cabanas construídas para pouso, deixando portanto, diversas pousadas em toda essa grande região. Como alguns tropeiros ali permanecessem por mais tempo, plantando e colhendo, as cabanas aumentaram dando origem a povoados. Em nossa região, as cabanas foram construídas acima do córrego da Prata onde os tropeiros podiam se abastecer de suas límpidas águas. Com o tempo formou-se um povoado que os habitantes chamavam "Tararé", devido ao rio que corre alguns quilômetros mais abaixo e batizado pelos índios com o nome Itararé - pedra que o rio cavou. Assim começou o Bairro Velho, portanto, Itararé. Os tropeiros são considerados seus primeiros povoadores, como afirma o escritor Aluisio de Almeida: "Foram os tropeiros com suas famílias, os primeiros povoadores de Itararé, naqueles tempos em que apenas um aglomerado de choupanas existia junto ao riacho de águas claras..."
Em 1725 as terras dos Campos Gerais, nas partes chamadas Campos de São Pedro, foram divididas em sesmarias, passaram por vários donos, e entre eles, a Marquesa de Santos e seu esposo Rafael Tobias de Aguiar. Seus herdeiros as venderam a José Custódio de Melo Camargo (1869). Os descendentes deste último vieram tomar posse da terra que lhes cabia. Porém, a fundação de Itararé foi envolta numa história muito mais bonita, quando estes campos já formavam a Fazenda São Pedro e muitos povoadores vindos de outras terras já residiam nestas paragens. (fonte: http://lazara.br.tripod.com/elosclubedeitarar/id12.html)

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