sexta-feira, 19 de março de 2010

Canto doce

Me vi revivendo em dias sós
e meu Deus!Quanta mudez!
Calei a mim,calei a rima
sem saber que devagarinho,
me dizia a vida
em seus pequenos
e aleatórios pedaços
de canções e anedotas
que o que é doce
permanece
no canto da boca e na ponta dos dedos.
*E de tão tolos que somos,insistimos em sentir o sabor salgado das lágrimas nos lábios e enxergamos apenas a palma de nossa mão!

Ana Raquel da Cruz Proença



Distorção

Assim como a boca que beija
Ao mesmo tempo o corpo anseia
Os sentimentos...os desejos.

Do coração as repreensões cardíacas
Os instintos refutáveis
Frágeis desafios rotineiros

A lua figura no céu
O branco que se perde no ínfimo
O breu e o seu constante delírio

A passividade e a fúria temporal
Na noite,a cronologia dos tempos remotos
O findar de pequenos acontecimentos.

Fernando Hijjander Xavier

Nenhum comentário:

Postar um comentário